Crime

PM acusada de matar irmã em SG alegou 'problemas de relacionamento'

Ela também afirmou que Rhayna teria a xingado diversas vezes

Laudo médico acusa que a mulher está em estado pós traumático
Laudo médico acusa que a mulher está em estado pós traumático |  Foto: Karina Cruz
 

A policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello, acusada de ter assassinado a tiros sua própria irmã, disse em depoimento à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) que tinha 'diversos problemas de relacionamento' com Rhayna Oliveira de Mello. O crime ocorreu na manhã do último sábado (2), em um posto de gasolina, no bairro Camarão, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.

O documento de prisão em flagrante, assinado pelo delegado-adjunto Wilson Luiz Palermo Ferreira, acusa que 'mesmo ciente dos seus direitos constitucionais e legais, dentre os quais o de permanecer em silêncio, a autora narrou sua versão dos fatos, corroborando o que já havia sido dito pelo próprio companheiro'.

Segundo registro obtido inicialmente pelo jornal O Globo, a PM também contou que durante a discussão foi 'vítima de diversos xingamentos' da irmã. 

O laudo médico de exame de corpo delito da policial militar Rhaillayne Oliveira de Mello acusa que a mulher está em estado pós traumático. Após atirar contra a irmã e ser presa pelo próprio marido, o também PM Leonardo de Paiva Barbosa, a policial 'bateu com as algemas na testa e arrancou as unhas dos dedos mínimos das mãos', segundo aponta o documento. 

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Após ser encaminhada para a Delegacia de Homicídios de Niterói, a policial teria apresentado descontrole em alguns momentos, e chegou a gritar frases como 'Quero a minha irmã de volta' repetidamente. Em depoimento, o marido da PM relatou que ela estava 'claramente sem paciência' nos últimos dias.

A policial militar já foi reprovada na prova da corporação, segundo processo do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). Rhaillayne entrou por duas vezes na Justiça para conseguir ingressar na corporação. 

De acordo com o documento, de 2014, Rhaillayne se candidatou no concurso público que oferecia 6 mil vagas para soldados da Polícia Militar.

O concurso foi constituído de sete etapas, ela foi  aprovada nas seis primeiras, entretanto, foi reprovada na Investigação Social e documental do Centro de Recrutamento e Seleção de Praças (CRSP), porque informou possuir desavenças com seu pai e que já havia feito o uso de substâncias entorpecentes.

Entenda o caso

Rayana Mello foi morta a tiros pela própria irmã, Rhaillayne Oliveira de Mello, que é uma policial militar do 7º BPM, na manhã de sábado (2) em um posto de combustíveis no bairro Camarão, em São Gonçalo. A  acusada foi presa pelo próprio marido, que também é policial militar.

De acordo com a Delegacia de Homicídios Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), a policial militar que realizou os disparos foi detida em flagrante e encaminhada à delegacia. Ela foi autuada pelo crime de homicídio. Diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias do fato.

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